quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

GRECIA ANTIGA - LIDIA - HISTORIA DAS MOEDAS ANTIGAS - COMO SURGIU A MOEDA



Como o antigo reino de Lídia nos afeta hoje
TALVEZ você nunca tenha ouvido falar do antigo reino de Lídia, por isso, pode ser que fique surpreso de saber que uma descoberta ali mudou a forma como o mundo faz negócios. Os que lêem a Bíblia talvez também se surpreendam de saber que algo que foi inventado em Lídia ajuda a entender uma intrigante profecia bíblica. O que os lídios descobriram? Antes de responder isso, será interessante saber alguma coisa sobre a vida e a história desse império quase esquecido.
Os reis de Lídia governavam da capital, Sardes, na parte ocidental do que na época era chamada de Ásia Menor, mas hoje é conhecida como Turquia. O último rei de Lídia, Creso, acumulou uma enorme riqueza, mas por volta de 546 AEC ele perdeu seu império para o rei persa Ciro, o Grande — o mesmo que conquistou o Império Babilônico alguns anos mais tarde.
Dizem que os comerciantes inovadores de Lídia foram os primeiros a usar moedas. O ouro e a prata eram usados já por muito tempo como dinheiro, mas por causa do tamanho irregular das barras e das argolas de ouro, as pessoas tinham de pesá-las cada vez que faziam uma transação comercial. Por exemplo, em Israel, o profeta de Deus, Jeremias, comprou um lote de terra e escreveu: “Comecei a pesar-lhe o dinheiro, sete siclos e dez moedas de prata.” — Jeremias 32:9.
Em Lídia, os contemporâneos de Jeremias descobriram algo para simplificar as transações comerciais — o uso de moedas cujo padrão de peso era garantido por uma marca oficial em cada moeda. As primeiras moedas de Lídia foram feitas com uma mistura natural de ouro e prata chamada electro. Quando se tornou rei, Creso as substituiu por moedas de ouro e prata, que eram quase puras. Os lídios inventaram um sistema de cunhagem bimetálica, no qual 12 moedas de menor valor equivaliam a uma moeda de um metal mais valioso. Mas esse sistema foi ameaçado por moedas falsas de ouro misturado com metais inferiores. Os comerciantes precisavam de um jeito fácil de testar a pureza do ouro.
Os lídios descobriram que um tipo de pedra local, de cor preta, chamada pedra-da-lídia, resolveria seus problemas. Quando se esfrega uma moeda nessa pedra lisa, levemente abrasiva, ela deixa uma marca. Quando a cor dessa marca é comparada com a cor das marcas feitas por agulhas cujo teor de ouro é conhecido, a proporção de ouro na moeda é revelada. Foi essa descoberta, o teste da pedra de toque, que tornou possível ter um sistema monetário de moedas confiável. Mas por que saber algo sobre pedras de toque nos ajuda a entender a Bíblia?
Pedras de toque figurativas na Bíblia
À medida que testar ouro com uma pedra de toque se tornou comum entre os comerciantes, a palavra usada para “pedra de toque” passou a significar um método de teste. No grego, língua em que parte da Bíblia foi escrita, a palavra também se aplicava ao tormento dos homens testados, ou provados, por meio de tortura.
Visto que eram os carcereiros que atormentavam os prisioneiros, a palavra derivada de “pedra de toque” também era aplicada aos carcereiros. Assim, a Bíblia registra a ilustração de Jesus em que um escravo ingrato foi entregue “aos carcereiros” ou, como dizem algumas traduções, “aos atormentadores”. (Mateus 18:34; Almeida, revista e corrigida; Trinitariana) Com respeito a esse texto, The International Standard Bible Encyclopaedia (Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional) comenta: “É provável que a detenção em si fosse considerada um ‘tormento’ (como sem dúvida o era), e não há necessidade de pensar que ‘atormentadores’ significa algo mais do que carcereiros.” Isso ajuda a explicar um texto bíblico intrigante.

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