terça-feira, 5 de abril de 2016

MODOS AUTÊNTICOS E PLAGAIS


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Manuscrito com sistema notacional neumático, no trecho central em letras menores.

Moteto escrito no sistema notacional dásio.

Guido d'Arezzo: hino Ut queant laxis, escrito na pauta inventada por ele, com uma transcrição para notação moderna ao lado.
Todas as melodias eclesiásticas gregorianas se encaixam numa das classificações de um sistema organizado em modos, diretamente derivado dosmodos gregos, que eram padrões básicos para ordenar as notas dentro de uma escala diatônica. Todos os modos abrangiam apenas uma oitava cada um, e possuíam uma nota de importância central, a dominante, que fornecia uma espécie de centro de gravidade em torno do qual se estruturava a melodia, e uma nota chamada de final, onde necessariamente a melodia deveria encerrar. Os modos se dividiam em dois grupos, quatro sendo considerados autênticos e quatro deles derivados, os plagais ou falsos, que tinham a mesma final mas outra dominante e se desenvolviam dentro de uma oitava diferente. Como exemplo, o primeiro modo autêntico iniciava e terminava suas melodias na nota , sua dominante era o  uma quinta acima e se desenvolvia entre ré e ré. Seu modo derivativo, o primeiro plagal, se desenvolvia na oitava de lá a lá, tinha sua final em ré e sua dominante em . A diferença prática mais evidente entre os modos era que a posição relativa dos semitons na escala diatônica variava, o que contribuía para dar a cada modo uma atmosfera sonora especial.[9]
Em algum momento do século IX os compositores deram um passo crucial para o futuro desenvolvimento da música do ocidente introduzindo uma segunda linha melódica ao canto gregoriano. De início essa segunda voz, avox organalis, imitava a linha original nota a nota, mas sendo cantada no intervalo de uma quarta abaixo da melodia principal, e esta técnica foi chamada de organum.[9] Entretanto, os organa iniciavam e terminavam com ambas as linhas em uníssono, de forma que para alcançar o intervalo de quarta e também para terminar a peça era necessário um pequeno movimento não-paralelo, sendo esta a tímida origem do contraponto.

2 comentários:

  1. Não entendi ainda o motivo da dominante plagal ser o FA gostaria de uma explicação um pouco mais detalhada sobre isso!

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  2. Os Modos Plagais estão sempre uma 4ª abaixo do modo autêntico correspondente.

    2) Nos modos plagais a dominante está uma 3a. abaixo da dominante do modo autêntico correspondente, aqui também se for Si, será substituída por Dó
    Modos Plagais (extensão): da 4ª abaixo do modo autentico até a 5ª do modo (autentico) .
    Ex: Modo autentico partindo autentico dorico (4ª abaixo-La- extensão La a La)
    Dominante uma 3ª abaixo da Dominante do modo Autêntico(Lá) - Domin. Fá.
    .

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