terça-feira, 29 de novembro de 2016

O MODO FRÍGIO

Uma Cadência FRÍGIA é aquela em que a parte mais grave atinge a nota final ou Tônica por um semitom (a parte de uma assim chamada "sensível superior"), enquanto a parte mais aguda normalmente sobe um tom inteiro para atingir a final ou Tônica; a Cadência imperfeita em tonalidade menor, comum no final de movimentos lentos do período Barroco.

Têxto extraído - Dicionário GROVE de Música

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

GSP - GRANDE SISTEMA PERFEITO II



HARMONIAS 

Por armonias, os gregos designavam cada um dos acordes fundamentais da Lira e, ao mesmo tempo, a maneira de utilizar esse acorde em função de seu etos particular. A armonia é ao mesmo tempo, Modus (maneira de ser e de fazer) e Species (aspecto da oitava). A harmonia é o acorde da Lira; originalmente, não era uma abstração  (36º Problema de Aristóteles). Segundo Damon e Platão, haveria quatro tipos de escalas ou modos, com os quais seriam formadas seis (depois oito) harmonias.
Essa ambiguidade, que encontramos em Aristóxenos, poderia ser dissipada supondo-se o Modo definido pela "Quinta Modal" e a Harmonia pela Final. Lídio e Hipolídio, por exemplo, seriam então duas Harmonias do mesmo Modo. Mas isso é apenas uma hipótese.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

GSP - GRANDE SISTEMA PERFEITO - OBSERVAÇÕES

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       
              
O Sistema organizado por Aristóxenos que reduziu os fenômenos a um Sistema corrente, ordenado, particularmente em sua doutrina sobre o rítmo.
Sistema baseado em tetracordes, características de 4 notas, que correspondem às 4 notas da Lira antiga. As cordas da Lira eram contadas do agudo para o grave.
O sistema de notação sugere a ordem descendente.    
As menções mais antigas da música grega se encontram na era Homérica baseada principalmente na recitá de poesia acompanhada com instrumentos do qual o mais comum era uma espécie de Lira (forminx).
Harmonia nacional Dória ou Doristi, a oitava central no Sistema (Mi a Mi) que correspondem no Sistema a 4° e a 5° nota.
As notas Si e a nota La (notas brancas - fixas) representam: média aritmética Quinta (paramese); média harmônica Quarta (mese/.
                                                                                                
Mese - som que limita a disjunção no Grave. É o som central. É o eixo de todo o sistema, qualquer que seja a harmonia utilizada.

O Sistema é composto de 4 tetracordes formando uma oitava dupla (2 oitavas) encadeadas, mas, com uma disjunção central (a nota Si paramese é o final da 1ª oitava, e a nota Lá mese é o começo da 2ª oitava, (notamos que elas estão separadas).
As células características de cada tetracorde são idênticas (tom-tom-stom). É uma espécie de tabela universal, na qual permite formar todas as escalas através dela em uso na música grega.
Como podemos observar as 2 escalas (oitavas), da Superagudo e da Médio (Méson) começam na nota Lá
A harmonia refere-se ao qua chamamos atualmente de modo. Ela é definida pela sua final (base da oitava) e por sua tônica ou fundamental (base da quinta modal).

A Lira, um instrumento de cordas tangidas afinadas segundo as notas de um dos modos, e fixadas em em um arcabouço formado com o casco de tartaruga. 
Era usada como acompanhamento para recitativos e canções. A hipótese de que os antigos terem praticado uma polifonia consciente na música erudita é bastante frágil. O fato de as cordas da Lira poderem vibrar juntas não requer grande intuição. E se o Aulo é duplo não é para se adaptar à execução polifônica, mas para facilitar os ornamentos e, sem dúvida, às mudanças de Modos, Tons e Timbres, talvez ainda para fazer ouvir a Tônica ou a Mese durante a improvisação.
Quanto às alusões de Platão à Polifonia, elas se referem a uma afinação do instrumento que permite passar de uma Harmonia à outra, do mesmo modo que a Panarmonia permite passar de um tom a outro numa mesma Harmonia.
Cumpre acrescentar que, se os gregos tivessem conhecido a Polifonia, encontraríamos um testemunho disso em sua Teoria e em sua Notação; ora, estas são inadaptadas à Polifonia e convém perfeitamente à Recitação Lírica e aos refinamentos da Monodia Vocal ou Instrumental.

MODOS - Todos os modos abrangiam apenas uma oitava cada um, e possuíam uma nota de importância central, a dominante, que fornecia uma espécie de centro de gravidade em torno do qual se estruturava a melodia (tenor), e uma nota chamada de final, onde necessáriamente a melodia deveria se encerrar.
Se dividiam em 2 grupos: autênticos e plagais. No autêntico modo Ré a Ré, começava em Ré e terminava em Ré e tinha a sua dominante (5ª nota) Lá. No seu modo plagal (derivativo) 4ª nota abaixo é o Lá sua amplitude era de Lá a Lá mas, mas tinha sua final em Ré . 








                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O GRANDE SISTEMA PERFEITO

     

   Grande Sistema Perfeito - GPS


O fundamento do sistema, segundo Aristóxeno de Tarento, é uma escala contínua de uma oitava dupla, formada de quatro "tetracordes" encadeados, com uma "disjunção" central. É uma espécie de tabela universal, que permite formar todas as escalas em uso na música grega. O conjunto é chamado "Grande Sistema Perfeito - GPS". O som que limita a disjunção no grave é chamado mese ou som central: é o eixo de todo sistema, qualquer que seja a harmonia utilizada... (p.87)

Logo abaixo temos algumas observações sobre o grande sistema perfeito: 

1. Os "tetracordes" são células características de quatro notas, que correspondem às quatro cordas da lira antiga; todos eles apresentam a mesma sucessão de intervalos. São os elementos básicos do sistema. (p.87)
2. Os sons que limitam os tetracordes, representados em notas brancas, são fixos; os outros são móveis. Na oitava central (mi-mi), característica da harmonia nacional dória ou doristi, a quarta e a quinta são fixas. Esses dois sons (mese e paramese) são ainda mais importantes por formarem respectivamente a média harmônica e a média aritmética da oitava central. (p.87)
3. A denominação dos diferentes graus era provavelmente inspirada na das cordas correspondentes da lira. Cada grau era designado por seu nome, associado ao de seu tetracorde: "trito das disjuntas, hípato das médias", etc. (p.87)
4. As escalas da música grega são apresentadas do agudo ao grave, “descendo”, ao contrário de nosso hábito. Há três motivos para isso: (p.87)
a) No doristi e em cada um dos tetracordes do GSP, a nota que chamamos de "sensível" está acima e não abaixo da final, criando uma atração para o grave. A inclinação geral da melodia antiga parece, de resto, descendente. (p.87)
b) As cordas da lira eram contadas do agudo ao grave. Ainda hoje, chama-se "4ª. Corda" de um violino ou de um violoncelo a corda mais grave. (p.88)
c) O sistema de notação sugere a ordem descendente. (p.88)
5. O tetracorde anexo das conjuntas (synemenon) se insere no lugar das disjuntas, mas com a disjunção no agudo. É a transposição do tetracorde das médias à quarta superior. Articulado sobre a mese, ele serve para as mutações, isto é, para as mudanças de harmonias (de modos) e de tons. (p.88)
6) A importância do Lá é significativa, porque se trata da nota central, ou mese, do GSP. Em Problemas, obra atribuída a Aristóteles (mas que poderão não ser inteiramente de sua autoria), afirma-se o seguinte: "Em toda a boa música o mese repete-se com frequência, e todos os bons compositores recorrem frequentemente ao mese, e, se o deixam, é para em breve voltarem a ele, como não o fazem com mais nenhuma nota". (GROUT, 1994, p. 28)                                                                 Têxtos extraídos Internet                                                                                                                                                                               REFERÊNCIAS
CANDÉ, Roland de. História universal da música. Tradução: Eduardo Brandão. 2ª ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2001. Vol 1 - 640 p., Vol 2 - 512 p.GROUT, Donald J. ; PALISCA, Claude V. História da Música Ocidental. Tradução: Ana Luísa Faria. 1ª ed. Lisboa: Gradiva, 1994. 778 p





                                                             

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

GSP - CONCEITO


Três são os conceitos fundamentais que podem-se definir em relação ao GSP de Aristóxeno : Gêneros - Harmonias - Tons.
- O Tom ou tropo é análogo ao que chamamos de "Tonalidade" e define-se pelo som com base no qual se estabelece um GSP. Ele determina a altura absoluta do Sistema e permite manter a oitava modal das diferentes harmonias na textura prática das vozes.
A Harmonia é análoga ao que chamamos de "Modo"; é a escolha de uma oitava característica e de uma quinta modal na escala completa. As Harmonias são definidas por sua final - base da oitava - e por sua tônica ou fundamental - base da quinta modal -. Como sua final e a tônica são confundidas em nosso sistema atual - sob a denominação de tonica - é com o nome da final que temos o costume de designar os modos, ou antes, sua oitava característica - modo de mi...modo de ré... - 
Num mesmo tom, a estruira do GSP permanece imóvej, qualquer que seja a escolha da harmonia : a oitava e a quinta características das diferentes escalas se deslocam ao longo da escala fundamental do sistema, e a harmonia se define em relação a esse contexto fixo.
Segundo certos autores gregos, o enharmonico seria o gênero mais antigo; outros, porém, condenam-no como uma prática decadente - Aistóxeno -.
Na Lira e na Cítara, podia-se mudar o acorde ou exercer uma pressão do
plectro entre o cepo e o cavalete.
As denominações das harmonias recordam a origem do Nomos Nacionais dos quais as escalas dos gregos foram tiradas Como as mesmas denominações eram empregadas para designar os "tons", evitam-se as confusões adotando a forma Helênica para as harmonias - Doristi - e a forma moderna para os Tons - Dórico - ,
As harmonias ditas "bárbaras" -Frígias e Lídias - chegaram até nós evitentemente helenizadas.
Existe porém, uma diferênça importante entre os dois grupos - Dórico e Doristi -  pouco notável , é verdade no gênero Diatônico. As harmonias do grupo Dórico colocam, cada uma, a final de sua oitava e de sua fundamental nos graus do GSP correspondentes a son fixos. A fundamental da Doristi II e da Hypodoristi são situadas na Mese. A escala dos Doristi coincide, de resto, nos dois tetracordes centrais do GSP, com a Mese no meio.

Ref.; - texto extraído - livro História Universal da Música - Roland de Candé

terça-feira, 8 de novembro de 2016

ETEC - CURSO DE REGÊNCIA - VESTIBULINHO/2017


Se você não é músico e ainda não faz parte deste mundo maravilhoso, esta é a sua grande oportunidade de ingressar nele. Aproveite. É a sua grande chance. A ETEC está oferecendo um curso de REGÊNCIA, com professores de altíssima qualidade técnica e um ambiente super agradável.
Venha colher informações, e verá que você vai gostar muito.
APROVEITE.! É música prá todo mundo.
As inscrições vão até o dia 18/11/2016;

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

TETRACORDES - CONJUNTOS E DISJUNTOS




Dois tetracordes podiam combinar-se de duas formas diferentes para formarem heptacordes (sistema de sete notas) e sistemas de uma ou duas oitavas. Se a última nota de um tetracorde era também a primeira de outro, os tetracordes dizia-se conjunto; se eram separados por um tom inteiro, eram disjunto. Daqui derivou, com o passar do tempo, o sistema perfeito completo – uma escala de duas oitavas composta de tetracordes alternadamente conjuntos e disjuntos. O Lá mais grave deste sistema, uma vez que ficava de fora do sistema de tetracordes, era considerado um tom suplementar (proslambanomenos)


Ref.: Wilkipidia - texto extraído.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

FUNDAMENTO GSP - ARISTÓXENO DE TARENTO


O fundamento do sistema , segundo Aristóxeno de Tarento, é uma escala contínua de uma oitava dupla, formada de quatro "tetracordes" encadeados, com uma "disjunção" central . É uma espécie de tabela universal, que permite formar todas as escalas em uso na música grega. O conjunto é chamado de "Grande Sistema Perfeito". O som que limita a "disjunção" no grave é chamado "mese" ou som central: é o eixo de todo sistema , qualquer que seja a harmonia utilizada.
A harmonia é análoga ao que chamamos de "modo": é a escolha de uma oitava característica e de uma quinta modal na escala completa. As harmonias são definidas por sua final - base da oitava - e por sua tônica ou fundamental - base da quinta modal -. Como a final  e a tônica são confundidas em nosso sistema atual - sob a denominação de tônica -, é com o nome da final que temos o costume de designar os modos, ou, antes, sua oitava característica - modo de mi, modo de ré....
Num mesmo tom, a estrutura do GSP permanece imóvel, qualquer que seja a escolha da harmonia : a oitava e a quinta características das diferentes escalas se deslocam ao longo da escala fundamental do sistema, e a harmonia se define em relação a esse contexto fixo.

Ref. texto extraído - livro HISTÓRIA UNIVERSAL DA MÚSICA
                              Autor - Roland de Cand


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

GSP - GRANDE SISTEMA PERFEITO

No gênero Diatônico, escalas características, agrupadas duas a duas para fazer coincidir as quintas modais comuns das harmonias, que têm a mesma fundamental:


GRANDE SISTEMA PERFEITO

,Observações sobre o Grande Sistema Perfeito.
1- Os tetracordes aão células características d quatro notas , que correspondem às quatro cordas da Lira antiga. Todos eles apresentam a mesma sucessão de intervalos. São os elementos básicos do sistema.
2 - Os sons que limitam os tetracordes, representados em notas brancas, são fixos; os outros são móveis. Na oitava central - mi a mi - característica da harmonuia nacional Dória ou Doristi, a Quarta e a Quinta são fixas. Esses dois sons - Mese e Paramese - são ainda mais importantes por formarem respectivamente a média harmônica e a média aritmética da oitava central.
3 - A denominação dos diferentes graus era provávelmente inspirada na das cordas correspondentes da Lira. Cada grau era designado por seu nome, associado ao de seu tetracorde: Trito das Dijuntas, Hípato das Médias, etc.
4 - As escalas da música grega  são apresentadas do Agudo ao Grave, descendo, ao contrário de nosso hábito. Há 3 motivos para isso:

 a - No Doristi e em cada um dos tetracordes do GSP, a nota que chamamos de "sensível" está acima e não abaixo da final, criando umaatração para o grave. A inclinação geral da melodia atinge, parece, de resto, descendente.

 b - As cordas da Lira eram contadas do agudo ao grave. Ainda hoje, chama-se "4ª corda" de um violino ou de um violoncelo a corda mais grave.
 c - O sistema de notação sugere a ordem descendente.
5 - Os tetracordes anexos das Conjuntas - synemenon - se insere no lugar das Dijuntas, mas com a disjunção no agudo. É a transposição do tetracorde das médias à quarta superior. Articulado so a Mese , ele serve para as mutações, isto é, para as mudanças de harmonias - de modos -  e de tons.

Ref. - Texto extraído do livro - História Universal da Música.
           Autor - Roland de Candé











OS HELENOS

Os Helênos, que apareceram na Grécia, a partir de 2000 a.C., eram um povo de Tessália, que deu origem a quatro (4) ramos: AQUEUS-DÓRIOS-JÔNIOS-EÓLIOS. Segundo a lenda, descendiam de dos 4 filhos de Hélen, filho de Dencalião, o único a escapar do Dilúvio, Por sua vêz, os DÓRIOS do século XII, se diziam descendentes de Héracles, daí seu nome de Héraclidas.
OLIMPO, a quem, segundo a lenda os gregos devem sua cultura musical, é FRÍGIO. Isso confirma a importância da influência asiática na música helênica.

Ref. (texto extraído)-Livro História Universal da Música - Roland de Candé

terça-feira, 1 de novembro de 2016

CADÊNCIA FRÍGIO



O modo Frígio é o terceiro dos oito modos eclesiásticos, o modo Autentico em Mi. Modo Frígio costuma ser usado como uma expressão abrangente para composições polifônicas do Renascimento e do Barroco cuja sonoridade final é uma tríade em Mi Maior, estabelecida por uma cadência Frígia, e dentro do âmbito Frígio ou Hipofrígio.
Uma Cadência FRÍGIA é aquela em que a parte mais grave atinge a nota final ou Tônica por um semitom (a parte de uma assim chamada "sensível superior"), enquanto a parte mais aguda normalmente sobe um tom inteiro para atingir a final ou Tônica; a Cadência imperfeita em tonalidade menor, comum no final de movimentos lentos do período Barroco.

Têxto extraído - Dicionário GROVE de Música