terça-feira, 1 de março de 2016

CIDADES GREGAS - CIVILIZAÇÕES


 



 






A região em que hoje fica a Grécia abrigou uma das primeiras civilizações da Europa. A Grécia antiga tinha cidades poderosas, grandes filósofos e uma arte muito rica. A ideia de democracia — governo pelo povo — também veio de lá.

Civilizações egeias

A civilização grega começou pouco depois do ano 3000 a.C. na ilha de Creta, que fica no sul da Grécia, no extremo sul do mar Egeu. A primeira civilização da região é chamada de minoica.
No século XVI a.C., um povo que falava grego desenvolveu na Grécia continental outra civilização, a micênica. Entre os séculos XVI e XV a.C., os micênios conquistaram a capital minoica. Por volta do século XIII, estiveram provavelmente em guerra contra Troia, uma cidade da Ásia Menor (atual Turquia). Muitas lendas gregas falam sobre esse conflito, conhecido como Guerra de Troia, e a época micênica é relatada em dois magníficos poemas da Grécia antiga, a Ilíada e a Odisseia, atribuídos a um poeta chamado Homero.
Por volta do século XII, uma invasão dos dórios, um povo do norte, levou à extinção da civilização micênica. Muitos micênios atravessaram o mar Egeu e se estabeleceram na Jônia, na Ásia Menor. 

Cidades gregas

Os dórios se fixaram principalmente na parte ocidental da Grécia. O povo da parte oriental eram os jônios. Esses dois povos formaram juntos a civilização grega clássica ou antiga e construíram cidades na maior parte do território da Grécia atual.
No século VIII, os gregos fundaram cidades também em outras terras. Alguns foram para o leste, no mar Negro. Outros se estabeleceram no oeste, fixando-se na ilha da Sicília e na Itália continental.
As cidades da Grécia antiga, chamadas cidades-estado, eram na maioria independentes umas das outras. Atenas e Esparta se tornaram as duas cidades-estado mais importantes. Atenas expandiu sua influência incorporando todas as aldeias próximas, ao passo que Esparta mandou exércitos para escravizar seus vizinhos. No século VI a.C., Esparta tinha o exército mais forte da Grécia.

Os helenos

Apesar das suas diferenças, os gregos passaram a pensar em si próprios como um único povo, dando-se o nome de helenos.
Os helenos tinham uma cultura semelhante e falavam diversas variações do idioma grego. Chegaram a inventar a palavra “bárbaro” para se referir a quem não falava o seu idioma.
Os gregos antigos acreditavam em muitos deuses, imaginando-os como seres humanos maiores, mais bonitos e mais poderosos que moravam no monte Olimpo, no norte da Grécia. Entre os deuses mais famosos da mitologia grega estavam Zeus, o mais poderoso dos deuses; Atena, a deusa da guerra; Prometeu, o deus do fogo; e Afrodite, deusa do amor e da beleza.
Na Grécia antiga, as pessoas frequentemente se reuniam em festas ou festivais, sendo o mais famoso deles os Jogos Olímpicos, iniciados por volta de 776 a.C.

Democracia e cultura em Atenas

Líderes poderosos governaram a maioria das cidades-estado. Com o tempo, Atenas deu os primeiros passos para a democracia. Em 621 a.C., um político chamado Drácon elaborou um código de leis escritas. Depois, nos últimos anos do século VI a.C., outro político estabeleceu um governo democrático, no qual todos os homens livres filhos de pais atenienses faziam parte do grupo que fazia leis para a cidade. Mas as mulheres, os estrangeiros e os escravos estavam excluídos desse grupo.
Atenas tornou-se também o centro da literatura e das artes gregas. Os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles foram grandes professores atenienses. Poetas e dramaturgos escreveram obras que até hoje são lidas e representadas. A cerâmica pintada tornou-se uma arte refinada e uma indústria notável. No século V, durante o governo de Péricles, os atenienses construíram magníficos prédios (como o Partenon, na Acrópole de Atenas) e belas esculturas de mármore.

As guerras persas

No século VI a.C., o Império Persa (atual Irã) conquistou as cidades gregas da Jônia. Em 499 a.C., a cidade de Mileto começou uma rebelião contra os persas. Apesar de Atenas ter mandado vinte navios para ajudar os gregos jônicos, a revolta foi sufocada.
A partir de 490 a.C. os persas atacaram várias vezes a Grécia continental. Os gregos revidaram, e finalmente os derrotaram em 479 a.C. Depois dessa vitória, Atenas se fortaleceu.

A Guerra do Peloponeso

No século V a.C., Atenas controlava a maior parte da Grécia oriental, muitas das ilhas egeias e a costa jônica da Ásia Menor. Os espartanos acharam que Atenas estava poderosa demais e em 431 a.C. entraram em confronto com ela, na Guerra do Peloponeso.
Inicialmente os atenienses evitaram os combates terrestres; permaneceram dentro dos muros da sua cidade e mandaram navios atacar Esparta. Assim, ficaram em segurança até 430 a.C., quando Atenas foi assolada por uma peste (uma doença mortal) que matou um quarto da população, inclusive Péricles, seu governante.
Esparta venceu a guerra em 404 a.C., mas manteve a posição de predominância por apenas trinta anos. Em 371 a.C., outra cidade grega, chamada Tebas, derrotou Esparta.

Ascensão da Macedônia

A Macedônia, um reino do norte cujo povo era parente distante dos gregos, fortaleceu-se muito no século IV a.C. O rei macedônio Filipe II conquistou as cidades-estado gregas em 338 a.C. Quando morreu, em 336, seu filho Alexandre subiu ao trono.
Alexandre, que ficou conhecido como Alexandre, o Grande, era um gênio militar. Derrotou primeiramente o rei persa Dario III, no ano 333 a.C. Depois passou uma década conquistando terras desde o Egito até a Índia e levando a civilização grega para grande parte do mundo antigo.

O período helenístico

Alexandre morreu no ano 323 a.C. A época que se seguiu à sua morte é conhecida como período helenístico.
O império de Alexandre dividiu-se em três reinos principais, na Macedônia, no Egito e no Oriente Médio. Nesses reinos a cultura grega se fundiu às culturas locais. Na Grécia, algumas cidades voltaram a ser independentes ou se uniram em ligas.
No ano 30 a.C., Roma conquistou toda a Grécia e os três reinos helenísticos. A Grécia ficou subordinada ao Império Romano até 395 d.C. e depois passou a integrar o Império Bizantino.

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