
Os "aqueus homéricos de cabelo comprido" teriam feito parte da Civilização Micênica que dominou a Grécia por volta de 1600 a.C., com uma história de tribo que remonta a pré-história imigração helênica no final do terceiro milênio a.C..
Todavia, nos períodos arcaico e clássico, o termo 'Aqueus' se referia aos habitantes de uma região muito menor da Acaia. Heródoto identificou os aqueus do norte do Peloponeso como descendentes dos anteriores, aqueus homéricos. Segundo Pausânias, escritor do século II a.C., o termo 'Aqueu' era originalmente dado aos gregos da Argólida e da Lacônia.[2] Porém, isto não é claramente o modo como Homero usa o termo.
Pausânias e Heródoto contam ambos a lenda segundo a qual os aqueus
foram expulsos das suas terras pelos dóricos, durante a lendária invasão dórica do Peloponeso. Depois mudaram para a região que hoje tem o nome de Acaia.
Ainda não há consenso académico sobre a origem dos aqueus históricos
em relação aos aqueus homéricos e ainda hoje é tópico de acesos debates.
Uma sugestão sobre a sua suposta etnia, como exposto no artigo de John
A. Scott sobre os cabelos louros dos aqueus comparados com os cabelos
escuros do Posidão "mediterrânico",[3] na base das sugestões de Homero, foi colocado de parte.
A posição contrastante sobre os "aqueus", tal como entendido por Homero, é "um nome sem uma pátria", um ethnos criado na tradição épica,[4]
hoje há quem tal suporte entre os que concluem que os "aqueus" foram
redefinidos no século quinto como falantes contemporâneos do grego eólico.
Karl Beloch sugeriu que não houve invasão dórica, mas sim que os dóricos do Peloponeso eram os aqueus.[5] Eduard Meyer, em desacordo com Beloch, avançou com a sugestão que os verdadeiros aqueus eram pré-dóricos gregos continentais.[6]
A sua conclusão é baseada na sua pesquisa de que a similaridade entre
as línguas dos aqueus e dos arcadianos pré-históricos. William Prentice
discorda de ambos, notando que provas arqueológicas sugerem que os
aqueus migraram do "sul da Ásia Menor para a Grécia, provavelmente colonizando primeiro a Tessália" provavelmente antes de 2000 a.C.[7]
Emil Forrer
chegou a sugerir que existiu um "grande império" chamado Ahhijawa, em
importância igual aos antigos estados a oriente. Porém, as suas
conclusões foram recusadas por investigadores posteriores, especialmente
por Ferdinand Somme
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