terça-feira, 31 de maio de 2016

NEUMAS




(Segundo os princípios do «Método de Solesmes>)

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«Neumas»: a palavra «neuma» deriva do Grego e significa, exactamente, «sinal». Os neumas fundamentais são a «VIRGA» e o «PUNCTUM» («quadratum», ou «inclinatum»: sob a forma de «inclinatum» – ou seja, de «losango» – nunca se encontra só).
Os neumas têem a sua origem nos acentos gramaticais:
·        o acento agudo [´] – que se tornou «virga»;
·        e o acento grave [`] – que se tornou «punctum» (ou «tractulum)

 Tendo como base os neumas fundamentais – «punctum» e «virga» – a partir deles, surgem os neumas (ou combinações neumáticas) de duas, ou mais notas, dos quais se apresenta o seguinte:


NEUMAS DE DUAS NOTAS:
o «podatus»:
– um neuma ascendente, composto de um «punctum» e uma «virga»;
a «clivis», oposta ao «podatus»:
– um neuma descendente, composto de uma «virga» e um «punctum»:
a «bivirga» (duas «virgas» juntas):
– um neuma de dois sons idênticos que se cantam numa só emissão de voz:
a «dístrofe» (da família dos «strophicus»): – actualmente, dois «punctuns» juntos



NEUMAS DE TRES NOTAS:
o «torculus»:
– «punctum», «virga», «punctum»: três sons diferentes, seja qual for o intervalo que os separe;
o «porrectus», oposto ao «torculus»:
– «virga», «punctum», «virga»: três sons diferentes, seja qual for o intervalo que os separe;
a «trivirga» (três «virgas» juntas):
– um neuma de três sons idênticos que se cantam numa só emissão de voz, tal como a «bivirga»;
a «trístrofe» (da família dos «strophicus»): – actualmente, três «punctuns» juntos




NEUMAS DE TRES SONS (OU MAIS) NO SENTIDO MELODICO – (intervalos facultativos):
o «climacus»:
– neuma descendente, composto de uma «virga», seguida de dois, ou mais «punctuns» em losango;
o «scandicus» e o «salicus» (ambos neumas ascendentes).
N.B. O «salicus» distingue-se do «scandicus» por duas condições indispensáveis:
1.– as duas últimas notas formam um «podatus»; 2.– o «episema» (pequeno traço vertical) colocado sob a penúltima nota coincide, excepcionalmente, com a prolongação da duração dessa nota










segunda-feira, 30 de maio de 2016

N0TAÇÃO MUSICAL - ORIGEM


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O sistema moderno teve suas origens nas neumas (do latim: sinal ou curvado), símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais do canto gregoriano, por volta do século VIII. Inicialmente, as neumas , pontos e traços que representavam intervalos e regras de expressão, eram posicionadas sobre as sílabas do texto e serviam como um lembrete da forma de execução para os que já conheciam a música. No entanto este sistema não permitia que pessoas que nunca a tivessem ouvido pudessem cantá-la, pois não era possível representar com precisão as alturas e durações das notas.
Para resolver este problema as notas passaram a ser representadas com distâncias variáveis em relação a uma linha horizontal. Isto permitia representar as alturas. Este sistema evoluiu até uma pauta de quatro linhas, com a utilização de claves que permitiam alterar a extensão das alturas representadas. Inicialmente o sistema não continha símbolos de durações das notas pois elas eram facilmente inferidas pelo texto a ser cantado. Por volta doséculo X, quatro figuras diferentes foram introduzidas para representar durações relativas entre as notas.
Grande parte do desenvolvimento da notação musical deriva do trabalho do monge beneditino Guido d'Arezzo (aprox. 992 - aprox. 1050). Com essa finalidade criou os nomes pelos quais as notas são conhecidas atualmente (MiSol e Si) em substituição ao sistema de letras de A a G que eram usadas anteriormente. Os nomes foram retirados das sílabas iniciais de um Hino a São João Batista, chamado Ut queant laxis.
Nesta época o sistema tonal já estava desenvolvido e o sistema de notação com pautas de cinco linhas tornou-se o padrão para toda a música ocidental, mantendo-se assim até os dias de hoje

quarta-feira, 25 de maio de 2016

MÚSICA GRÉCIA ANTIGA



Todas as informações sobre a teoria da música na Grécia, nós possuímos por obra e mérito de Pitágoras que viveu no século V a.C. e foi educado no Egito.
Como todos os estudiosos da música na Antiguidade e na Idade Média, Pitágoras era matemático e possuíndo conhecimento do número de vibrações dos Tons Harmônicos e dos Intervalos.
Os Gregos conheciam 8 Escalas que divergem consideravelmente das nossas pelo fato de serem uniformes entre si como as escalas que conhecemo, pois havia ocasiões em que correspondia o Sistema de Letras; noutras predominavam o Sistema do Neumas.
A notação básica grega foi elaborada apênas no seculo IV a.C. e servia principalmente para auxílio mnemônico privado dos músicos profissionais
A Amtiga Teoria Grega não possuía uma notação clara e definida e tinham pouco efeito para os compositores nas construções de suas melodias (Cantochão-Cantus Planus).

sexta-feira, 20 de maio de 2016

CONTRAPONTO - HISTÓRIA






O contraponto, na música, é uma 
técnica usada na composição onde duas ou mais vozes melódicas são compostas levando-se em conta, simultaneamente:
  1. o perfil melódico de cada uma delas; e
  2. a qualidade intervalar e harmônica gerada pela sobreposição das duas ou mais melodias.
Identifica-se mais com a música europeia ocidental, tendo sido fortemente trabalhado na renascença e também foi uma técnica dominante a partir desse período até o romantismo, passando pelo barroco e o classicismo. O termo origina-se do latim punctos contra puntum (nota contra nota) e surge na época em que o cantochão começou a ser substituído nas igrejas pelo canto com mais do que uma linha melódica (voz). Foi criado como o propósito de traduzir em música a fé religiosa, refletindo a eterna busca de Deus através da música. A arte do contraponto atingiu o seu apogeu em Johann Sebastian Bach.[1]
 O contraponto de Johann Sebastian Bach, freqüentemente considerado a síntese mais profunda, jamais alcançada, das duas dimensões, é extremamente rica harmonicamente, com a tonalidade sempre claramente direcionada, ao mesmo tempo em que suas linhas se mantêm fascinantes.
Considerando-se o modo como a terminologia evoluiu ao longo da história da música, as obras criadas a partir do período barroco são descritas como contrapontísticas, enquanto que a música anterior ao barroco é dita polifônica. Assim, diz-se que o compositor renascentista Josquin des Prez escreveu música polifônica

Origem: Wilkipédia, a enciclopédia livre.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

CONTRAPONTO -REGRA


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No contraponto de quarta espécie, algumas notas na parte acrescentada são sustentadas ou suspensas enquanto as notas da parte fornecida como base se movem em relação a elas, criando, com freqüência, uma dissonância no tempo (do compasso), seguida pela nota suspensa que logo muda para criar uma consonância com a nota na parte fornecida na medida em que ela continua a soar. Como no caso anterior, o contraponto de quarta espécie é dito expandido quando as notas da parte acrescentada variam entre si pela duração. A técnica necessita de cadeia de notas sustentadas ao longo dos limites determinados pelo tempo (do compasso) e, portanto, cria umasíncope

Pequeno exemplo de um contraponto de "Quarta Espécie"

Contraponto floreado

Imagem inline 1 No contrapontode quinta espécie, algumas vezes chamado de contraponto floreado, as outras quatro espécies de contraponto são combinadas nas partes acrescentadas. No exemplo a seguir, o primeiro e segundo compassos são de segunda espécie, o terceiro compassso é de terceira espécie e o quarto e quinto compassos são de terceira e quarta espécies adornadas.
Pequeno exemplo de contraponto "Floreado"
  1. Referências


  2. Grout, Donald J.& Claude V. Palisca, History of Western Music, 843 pp., Norton, Londres, 2001

  3. "Capitulo 1" Dissertação musical-definição Online da voxprincipalis-por Robert Howe da University College, Londres. Tutor: Dr. Fitch---em Inglês

  4. Estilo organum exemplificado em partitura de missa ---texto em Inglês---amostras

  5. Buarque de Holanda Ferreira, Aurélio. "Novo Dicionário da Língua Portuguesa" 2º ed., J.E.M.M., Editores, ltda., 1986

quarta-feira, 18 de maio de 2016

CONTRAPONTO - REGRA

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E, para todas as espécies, se aplicam as seguintes regras quanto à combinação entre as partes:
  1. O contraponto deve começar e iniciar numa consonância perfeita.
  2. movimento contrário deve ser predominante.
  3. Entre duas partes adjacentes não deve ser excedido o intervalo de décima, a menos que por necessidade.

Primeira espécie

No contraponto de primeira espécie, é acrescentada uma linha melódica (também chamada de parte ou voz acima ou abaixo do cantus firmus .
A seguir, listam-se algumas regras adicionais definidas por Fux em função de seu estudo do estilo de Giovanni Pierluigi da Palestrina 
  1. Comece e termine ou no uníssono, na oitava ou na quinta, a menos que a parte acrescentada esteja abaixo do cantus firmus ou de outra parte, neste caso devem começar e terminar apenas em uníssono ou oitava.
  2. Não utilizar uníssono a não ser no início e no fim.
  3. Evitar quintas ou oitavas paralelas, ocultas ou não, entre quaisquer duas partes: isto é, as linhas melódicas devem se mover no mesmo sentido em direção a uma quinta perfeita ou oitava, a menos que uma parte, geralmente restrito á parte mais alta, se move de uma segunda.
  4. Evitar se mover em quartas paralelas. Na prática, Palestrina e outros se permitiam tais progressões especialemtne se não estivessem envolvidas partes mais baixas.
  5. Evitar se mover durante muito tempo em terças paralelas e sextas.
  6. Tentar manter quaisquer duas partes adjacentes dentro de uma décima a menos que uma linha especialmente agradável possa ser escrita movendo-se para fora desses limites.
  7. Evitar que quaisquer duas partes se movam na mesma direcção em terças ouquartas.
  8. Tentar agregar o maior número possível de movimentos contrários.
  9. Evitar intervalos dissonantes entre quaisquer duas partes: segunda maior ou menor; sétima maior ou menor; qualquer intervalo aumentado ou diminuto; e a quarta perfeita (em muitos contextos)
No exemplo a seguir, em duas partes, o cantus firmus é a parte do baixo. (O mesmocantus firmus é utilizado nos exemplos posteriores. Cada um está no modo Dórico.

Pequeno exemplo de contraponto da "Primeira Espécie"



Segunda espécie

No contraponto de segunda espécie, duas notas em cada uma das partes acrescentadas devem corresponder a cada semibreve na parte de base. A espécie é dita expandida se uma dessas duas notas menores diferir da outra pela duração.
Além das regras para o contraponto de primeira espécie, as seguintes considerações aplicam-se, à segunda espécie:
  1. É permitido começar numa anacruse, mantendo uma semi-pausa na voz acrescentada.
  2. O tempo forte tem que ter consonância (perfeita ou imperfeita). O tempo fraco pode ter dissonância, mas somente ao mudar de tonalidade, isto é, deve ser buscado e mantido através de um intervalo de segunda na mesma direção.
  3. Evitar o uníssono exceto no início e no fim do exemplo, a menos que possa ocorrer num tempo fraco do compasso.
  4. Ser cauteloso no uso de sucessivas quintas perfeitas ou oitavas acentuadas. Eles não devem ser utilizados como parte de um padrão seqüencial.

Pequeno exemplo de um contraponto de segunda espécie

Terceira espécie

No contraponto de terceira espécie, quatro (ou três etc.) notas se movem junto com cada nota mais longa da parte fornecida como base. Como no caso do contraponto de segunda espécie, ele é dito expandido se notas de valores menores variam entre si quanto à duração.

pequeno exemplo de um contraponto de "Terceira Espécie.

terça-feira, 17 de maio de 2016

CONTRAPONTO - MÚSICA




Resultado de imagem para imagem vozes organum

O contraponto, na música, é uma técnica usada na composição onde duas ou mais vozes melódicas são compostas levando-se em conta, simultaneamente:


  1. o perfil melódico de cada uma delas; e
    a qualidade intervalar e harmônica gerada pela sobreposição das duas ou mais melodias
  2.  
    Nas palavras de John Rahn: "É difícil escrever uma bela melodia. Mais difícil ainda é escrever diversas belas melodias que, entoadas simultaneamente, soem como um todo polifônico ainda mais belo. As estruturas internas criadas para cada uma das vozes, precisam contribuir, separadamente para a estrutura polifônica emergente a qual, por sua vez, precisa reforçar e comentar as estruturas das vozes individuais. A maneira de se alcançar esse objetivo, em detalhes, chama-se … 'contraponto' "
  3.  
    Johann Fux foi, de longe, o pedagogo mais famoso a utilizar o termo, e o que o divulgou. Em 1725, ele publicou seu Gradus ad Parnassum (Passo a Passo em Direção ao Parnaso) um trabalho destinado a ensinar os estudantes como compor, usando o contraponto—especificamente, o estilo contrapontístico conforme praticado por Palestrina no final do século XVI—como a técnica principal. Como base para sua simplificada e super-restritiva codificação, Fux descreveu cinco espécies:

  4. Nota contra nota;
    Duas notas contra uma;
    Quatro (aumentado para incluir três, ou seis etc. por outros) notas contra uma;
    Notas deslocadas em relação a cada outra (como suspensões); e,
    Todas as quatro espécies juntas, como contraponto ornamentado.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

MONOFONIA - POLIFONIA - DIAFONIA

MONOFONIA - Musica para uma única voz. Ex; Cantochão e Canção Solo sem acompanhamento.Com uma só linha melódica.
POLIFONIA (Termo Grego) - Vozes Duplas - Em uma música 2 ou mais vozes (2 ou mais linhas melódicas soam simultaneamente (mesmo tempo).- compreende também a Homofonia com uma distinção entre ambas no uso comum. 

O Canto Gregoriano que refletia tão fielmente o ideal dos monges, recua cada vez mais para os mosteiros onde esse ideal será conservado,
O Coral Gregpriano devia ser monódico, porque exprimia nele o mesmo ideal para todos.

O começo da Polifonia, como tantos outros são obscuros.
Sem uma explicação causal, verifica-se uma transformação significativa agora na musica, com a invenção e introdução da POLIFONIA.
Num Tratado do Monge Hucbald, de St.-Amand, que viveu de 840 a 930, aparece apenas um rudimento de Polifonia, que ele chama de Diafonia. Cita exemplos e estabelece uma oposição de 2 vozes, em intervalos de Quintas, o que para os séculos seguintes se afigurou a maior das Dissonâncias.

DIAFONIA - Guido de Arezzo, e tambem depois dele Hans Cotton (1050-1150) dão a seguinte explicação; "Diafonia é uma combinação de vários sons e é realizada pelo menos por 2 cantores de tal modo que, enquanto um canta a melodia Principal, o outro a acompanha em outros tons. Em toda pausa encontram-se os 2 em uníssono ou na Oitava. A essa espécie de Canto chamamos comumente de "ORGANUM".
Também aparecem outras formas da antiga POLIFONIA, o Faux bourdon (no qual o canto em Terças e Sextas já se tornou lei, de maneira que devemos, involuntáriamente, pensar na existência dêsses intervalos na música popular daquele tempo), também chamado "Fabordon" e "Falso bordone".











sexta-feira, 13 de maio de 2016

ORGANUM GREGORIANO

O Organum Gregoriano







Remontemos ao século IX. Datam desta época os primeiros textos importantes descrevendo um cantar não monódico.  
Neste mesmo século o filósofo e teólogo irlandês Scot Erigena (cerca de 815 – 877), que viveu na França desde 840, descreve em sua obra De Divisione Naturae, uma modalidade de cantar em vozes superpostas sem, contudo, expor a sua técnica. Traça, porém, analogia entre as harmonias da música e a harmonia cósmica.
É provavelmente Regino de Prüm, em sua obra De Harmônica Instituitione, o primeiro a usar o termo organum para o cantar em vozes superpostas.
É, no entanto, a obra Musica Enchiriadis, durante muito tempo atribuída erroneamente a Hucbald, mas hoje tida como de autoria incerta, o documento que mais nos informa sobre a prática do organum. Sabe-se que esta obra foi redigida não depois do século IX.
O autor da obra Musica Enchiriadis descreve dois tipos de organun (ou diafonia, termo equivalente). No primeiro as vozes cantam invariavelmente em quintas ou quartas paralelas ou, no caso de duas ou mais vozes, em acordes contendo somente intervalos de oitava, quinta e quarta. Eis um exemplo:
Na verdade, tal maneira de cantar não permite falar ainda em polifonia, termo que significa independência de vozes superpostas. Trata-se de faixas melódicas. 
O segundo tipo de organum já apresenta um certo grau de independência entre as vozes pois aparecem, ao lado do movimento paralelo, os movimentos obliquo e contrário.
Notemos que nos dois exemplos o canto dado, pertencente ao repertório do canto gregoriano, figura na parte superior (vox principalis). A parte inferior era denominada vox organalis. Este segundo tipo de organum constitui verdadeiramente o começo da polifonia, pois nele surgem os primeiros sinais de independência entre as vozes. O valor melódico da vox organalis, contudo, é quase nulo ainda.
Escassas são as modificações sofridas por esta polifonia rudimentar durante os dois séculos seguintes. Se compararmos os dois tipos de organum descritos acima com a diafonia de Guido D’Arezzo (monge beneditino, nascido em 995 perto de Paris e falecido em 1050 em Arezzo, Itália), notaremos o predomínio do movimento contrário entre as vozes, o que significa, sem dúvida, um passo a mais rumo à independência das vozes. De fato, se duas vozes caminham paralelas, conservando uma distância fixa entre elas, não temos propriamente duas melodias distintas, mas sim uma faixa melódica. Se uma das vozes mantiver a mesma altura enquanto a outra subir e descer, já existe um começo de independência. É, no entanto, o movimento contrário das vozes que confere a estas um máximo de independência melódica.
Embora predomine neste exemplo o movimento contrário entre as vozes, a conquista da independência das linhas melódicas está apenas a meio caminho: apesar de cada voz seguir o seu próprio caminho, cada uma está amarrada à outra pelo ritmo. Diremos que há uma independência melódica mas não independência rítmica.
Outro aspecto a observar na diafonia é que o cantus firmus – é a designação da melodia do canto gregoriano sobre a qual foi construída a outra melodia em contraponto – está agora na voz inferior. A polifonia é aqui um contraponto nota-contra-nota ou em latim: punctus-contra-punctum

Fonte: Kiefer, Bruno – História e Significado das Formas Musicais, São Paulo, 1968 (no livro não constam informações de editora), p. 8 a 1

quarta-feira, 11 de maio de 2016

ORGANUM - VOZES - ACORDES



A música oficial da Igreja na alta Idade Média, o canto gregoriano ou cantochão tinha como característica a monodía, isto é, todas as vozes de um coro cantam a mesma linha melódica.

A vox organalis, no inicio da Idade Média geralmente ficava abaixo da vox principalis e o conceito de Consonância baseou-se em 4ªs e 5ªs paralelas.

Para embelezar a harmonia desenvolvida na Idade Média (Canto Gregoriano) uma outra voz era adicionada (segunda linha)que era que era cantada uma Quarta abaixo da melodia principal (seculo IX).



Emtre as duas linhas Paralelas do Organum na Quinta, foram inseridas Terças, formando Tríades Completas, embora seu responsável e nem quando apareceu foi dito.
Um manuscrito inglês chamado "Winchester Troper" (1080), demonstra o movimento similar e Contrário e inclui a Terça. 

Afirma-se com frequencia que CLAUDIO MONTEVERDI (1567 a 1643), foi o primeiro a empregar a 7ª nota de um acorde sem preparação, mas parece ter sido antecipado pelo inglês William Bird em sua missa em 4 partes.





Organização - Vozes 
Primeiras Inversões - Origens Incertas
Para evitar uma simples série de Tríades Paralelas em uma posição básica o Cantochão que era cantado no baixo, foi entregue à uma voz mais Aguda que automaticamente cantou a mesma nota 1/8 acima, dando origem à Primeira Inversão. (FAUX-BOURDON- Fabordão). 
A melodia na base fundamental, tornou-se falsa, pois estava na parte Aguda.
Existem exemplos de primeiras inversões que datam de cerca do ano de 1300, antes da promulgação da famosa BULA.