

Os tons da Igreja. Essa música provinha da Antiguidade, com escalas ou, melhor, modos, que foram chamados tons da Igreja
e conservaram a constituição e nomes gregos, embora, a partir de certa
fase, se convertessem em seu sentido, deixando de vir do agudo para o
grave, para se orientarem para o agudo.
Os modos gregorianos eram oito, quatro principais, autênticos ou autônomos:
. o dórico - partindo de ré e formado pelos intervalos que se encontram sem alteração na oitava de ré a ré
. o frígio - de mi a mi
. o lídio - de fá a fá
. o mixolídio - de sol a sol.
E quatro subordinados ou plagais, que conservam o nome dos autênticos, precedido da sílaba hipo:
. o hipodórico - partindo de lá
. o hipofrígio - partindo de si
. o hipolídio - partindo de dó
. o hipomixolídio - partindo de ré).
A
tônica ou final dos modos plagais é colocada não no primeiro grau da
escala tipo, mas no mesmo grau que o modo autêntico correspondente. Exemplo:
AUTENTICO - I Dórico - Fundamental (Re a Re) - Dominante (La);
PLAGAL - II Hipodórico - La a La - Fundamental (Re) - Dominante (Mi).
DOMINANTE era a nota sobre a qual havia muita insistência durante a melodia.
Os oito modos eram designados por três terminologias paralelas: protus (primeiro), autêntico (ré a ré) e protus plagal (lá a lá); deuterus (segundo), autêntico (mi a mi) e deuterus plagal (si a si); tritus (terceiro), autêntico (fá a fá) e tritus plagal (dó a dó); tetrardus (quarto), autêntico (sol a sol) e tetrardus plagal (ré a ré).
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