
O contraponto, na música, é uma técnica usada na composição onde duas ou mais vozes melódicas são compostas levando-se em conta, simultaneamente:
- o perfil melódico de cada uma delas; e
a qualidade intervalar e harmônica gerada pela sobreposição das duas ou mais melodias -
Nas palavras de John Rahn: "É difícil escrever uma bela melodia. Mais difícil ainda é escrever diversas belas melodias que, entoadas simultaneamente, soem como um todo polifônico ainda mais belo. As estruturas internas criadas para cada uma das vozes, precisam contribuir, separadamente para a estrutura polifônica emergente a qual, por sua vez, precisa reforçar e comentar as estruturas das vozes individuais. A maneira de se alcançar esse objetivo, em detalhes, chama-se … 'contraponto' " -
Johann Fux foi, de longe, o pedagogo mais famoso a utilizar o termo, e o que o divulgou. Em 1725, ele publicou seu Gradus ad Parnassum (Passo a Passo em Direção ao Parnaso) um trabalho destinado a ensinar os estudantes como compor, usando o contraponto—especificamente, o estilo contrapontístico conforme praticado por Palestrina no final do século XVI—como a técnica principal. Como base para sua simplificada e super-restritiva codificação, Fux descreveu cinco espécies:
Nota contra nota;
Duas notas contra uma;
Quatro (aumentado para incluir três, ou seis etc. por outros) notas contra uma;
Notas deslocadas em relação a cada outra (como suspensões); e,
Todas as quatro espécies juntas, como contraponto ornamentado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário